DA SUIÇA ATÉ ANDORRA

A região de Valais e a de Vaud  fazem parte de uma das quatro regiões linguístas que se encontram na Confederação Helvética, vulgarmente conhecida por Suiça. Aqui, a língua oficial é o francês. No nosso último post colocámos algumas fotos desta região mas, em viagem, temos sempre a condicionante do tempo e de não ter acesso à internet em todos os locais, tendo, muitas vezes que aligeirar para conseguir transmitir a mensagem. No entanto, gostávamos de acrescentar mais um pouco ao que já foi dito porque esta região nos é muito grata e nela encontrámos amigos que gostámos muito de rever e nos receberam muito bem em suas casas. Já tínhamos referido o prazer que foi visitar uma nossa amiga em Sierre e o mesmo se passou depois em Monthey onde visitámos também um amigo que já não víamos há algum tempo e em casa de quem jantámos e passámos um agradável serão. Ficámos muito felizes por saber como está tão bem integrado neste país tão bonito.
No dia seguinte fomos almoçar a Aigle, a conselho deste nosso amigo, num restaurante português onde só se faz comidinha portuguesa, com produtos do nosso país e até o cafézinho......é do nosso! Que bem que nos soube!!!! Já conhecíamos Aigle da viagem de 2005, que fizemos no Outono, por isso foi muito agradável rever e até comparar as diferenças da paisagem nas duas estações do ano; chegámos à conclusão que ambas são bonitas.
Aqui ficam algumas fotos:

Como já dissemos, esta é uma região de vinhas: são as margens do Rhône que entra no Lago Léman e daí segue para França, para ir desaguar no Mediterrâneo, perto de Marselha, percorrendo também, em França, uma das mais afamadas regiões vitivinicolas francesas.

Mais uma linda queda de água, esta no caminho para Monthey

Aigle é uma povoação situada no vale e rodeada de vinhedos que crescem até meio da encosta, plantados em socalcos e sempre bem expostos ao sol.

Esta rotunda foi decorada com elementos relacionados com uma das riqueza da região: as vinhas.

Terminado o almoço em Aigle iniciámos a viagem de regresso, seguindo junto ao lago Léman admirámos as lindas paisagens que este percurso nos proporciona, entrámos em França decididos a só parar quando chegásse a hora de pernoitar....e assim fizemos.

No lado oposto ao que nos deslocávamos fica a cidade de Lausanne.

Pernoitámos em S. Marcelin e, no dia seguinte, continuámos para Valence, Nimes, Montpellier, Béziers, Narbonne, Perpignam e, de novo,subindo a montanha, desta vez já os Pirinéus, passámos por Bourg Madame e atravessando o túnel, subimos ainda mais até Pas de la Casa, onde pernoitámos nessa noite. Lá em cima, a temperatura estava bem agradável, ao contrário do que tinha acontecido durante o dia ao percorrer a França.

De manhã, quando acordámos, um intenso nevoeiro cobria todo o vale, parecendo uma enorme nuvem, sobre a qual estávamos.

 

Nas zonas mais altas, a paisagem era esta...

Andorra sem neve e com os campos verdinhos e floridos, também é muito bonita.....

Depois foi iniciar mais uma descida, rumando ao Mediterrâneo onde passámos uma semaninha de descanso e de praia, no Camping Torre la Sal, já nosso conhecido

DE SIERRE A MONTREUX

Continuando ao longo do Ródano, seguimos para Sierre a fim de visitar uma amiga que muito gostámos de ver e nos recebeu, também, com muita alegria, fazendo o favor de nos mostrar a cidade e arredores que são lindíssimos. Foram 2 dias muito bem passados......a região é espectacular e a companhia muito boa. Mais uma vez o nosso agradecimento pela simpatia e disponibilidade no acolhimento que nos dispensaram.

Sierre é uma pequena cidade, no cantão de Valais, situada num lindo vale onde predomina a cultura da vinha

Em Sierre há dois lindos lagos, junto dos quais se encontram jardins, piscinas, campos de jogos e outros mecaniscos de lazer. É uma zona muito agradável.

Situada no vale verdejante e rodeada de montanhas, as inúmeras vinhas que se desenvolvem por todo o lado e crescem até meio das encostas, dão a esta região uma beleza especial.

Subimos até Crans e Montana, importantes centros de desportos de Inverno, frequentados por muitas figuras públicas, a nivel mundial. Paisagens lindas.....

No Verão, como não há neve, foi criada uma praia junto ao lago onde não falta a areia.

As flores estão sempre presentes em arranjos com muito gosto.

Prosseguimos para Sion, capital do Valais, uma cidade também rodeada de vinhedos que sobem pelas encostas, em socalcos, como no nosso Douro.

A Catedral de Sion, no centro histórico.

De Sion seguimos para Monthey,  Aigle e Montreux, onde visitámos o castelo de Chillon, um lindo castelo, construído ao longo de séculos e onde se escreveram muitas páginas da História deste país.

Este é o castelo de Chillon, um dos monumentos mais visitados da Suiça. Situa-se em Montreux, junto ao Lago Leman.

 

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SEGUINDO O CURSO DO RHÔNE (RÓDANO)

 Descendo a montanha, viajámos sempre ao longo do Ródano e entrámos no cantão de Valais. Já no vale, começámos a subir novamente para Zermatt porém,só podemos ir em transporte nosso até Tash pois, a partir daí, até Zermatt, só no comboio ou nos taxis de montanha. Fomos levantar dinheiro para pagar o transporte, uma vez que já tinhamos acabado os francos suiços e pensámos fazer a viagem num dos taxis de um português que ali encontrámos e que tem uma empresa que faz estes transportes. Entretanto, o tempo começou a mudar e a formar-se trovoada, como já tinha acontecido na véspera e fomos aconselhados a deixar a viagem para o outro dia pois áquela hora (5 da tarde), de Zermatt para a montanha já não haveria transportes e a visibilidade também já não era boa......o ideal seria de manhã. Como já tinhamos compromissos agendados para o dia seguinte, ainda não foi desta vez que avistámos o Matterhorn, com os seus 4478 m de altitude, na fronteira com a Itália e que tem sido um dos ícones da Suiça. Fica para a próxima.....

Este é o famoso comboio vermelho que percorre as montanhas suiças, percorrendos sítios onde os carros não vão....

O verde das pastagens, nos vales e também nas encostas, dá uma enorme beleza à paisagem.

São paisagens como estas que encontramos no caminho para Zermatt. Esta região, onde se fala o francês, é habitada por grande número de portugueses que ali têm o seu trabalho ou a sua empresa, na maioria dos casos, muito bem sucedidos.

Nos vales, sempre mais férteis, é onde se desenvolvem as povoações.

RHÔNE GLACIAR

O Rhonegletscher é um vale glaciar no extremo nordeste do cantão de Valais, nos Alpes Centrais, na Suiça. Tem cerca de 10 km de comprimento e 1 km de largura, encontrando-se a 2250 m de altitude. É aqui que nasce o Ródano. Esta enorme massa de gelo, nos últimos anos, tem sofrido a influência do aquecimento global do planeta e o degelo tem sido intenso, diminuindo consideràvelmente o seu volume. Oa cientistas calculam que, em 2100, este glaciar já esteja extinto. Actualmente nota-se bem esta diminuição de volume, pelas marcas visíveis na rocha. É uma experiência única, entrar dentro do glaciar e poder apreciar a expessura daquela imensa massa de gelo, assim como a beleza que a luz transmite áquelas paredes geladas. Curiosamente, a temperatura interior é muito agradável. Gostámos muito!....

A estrada e, lá em baixo, o ribeiro que se vai formando pelo degelo do glaciar e que dá origem ao Ródano.

E cá estamos nós, em Belvedere, junto ao glaciar. Este foi mais um dos muitos "restaurantes panorâmicos" onde almoçámos, com uma vista maravilhosa sobre o vale.

Por fora, o glaciar, aparece-nos assim.....

.......e, por dentro, o aspecto é este....

Algum receio em escorregar e.....uma certa surpresa também por verificar a imensidão daquela enorme massa de gelo......

.....e, novamente cá fora, ao ar livre, há sempre quem goste de apreciar a paisagem.....

....como este casal que encontrámos no alto da montanha a comtemplar a natureza!

A partir daqui, começámos a descer a montanha......

.....no caminho, passámos por esta ciclista ( talvez da nossa idade....) que tinhamos encontrado lá no alto, em Furkapass, juntamente com um grupo de ciclistas, entre os quais o marido, que vinha mais atrasado que ela.....( ainda há mulheres valentes!....) A descida faz arrepiar, mesmo de carro, imagino de bicicleta....estrada muito ingreme e com curvas a 320º.....não é fácil.....

Descida a montanha, chegámos a Brig, ainda no cantão alemão e daí seguimos para Zermatt.