Domingo, 18 de Outubro de 2015
Cerca das 13 h de domingo embarcámos no navio MSC Música para uma semana de viagem nas águas tranquilas do mar Adriático e visita a Atenas e a algumas das ilhas gregas. Foram 7 dias maravilhosos dos quais aqui ficam algumas fotos e um breve resumo.
Foi neste neste “barquinho” que viajámos com toda a comodidade e apreciámos vistas que, de outro modo, não seria possível admirar.
Saímos de Veneza pelo Grande Canal e navegámos ao longo da costa italiana até Bari onde chegámos após o almoço de 2ª feira. Depois do desembarque fomos visitar a cidade que é a mais importante da Puglia e é o principal centro económico da região. A cidade divide-se em duas partes: a moderna que se desenvolveu desde o princípio do séc. XIX, com as suas ruas perpendiculares umas às outras, formando xadrez e os palácios que foram construídos desde essa época até às construções mais recentes; e a parte antiga onde se encontram os principais monumentos medievais. Já no tempo do império romano Bari era um importante porto, muito cobiçado pela sua posição estratégica.
Percorremos parte da cidade velha que parece um autêntico labirinto onde as ruas e as casas se entrelaçam umas nas outras.
cerca das 19 h regressámos ao navio mesmo a tempo de jantar e assistir ao espetáculo de ópera, Carnaval Veneziano, que muito nos agradou.
Durante a noite navegámos de Bari (Itália) até à costa das ilhas gregas e, passando pelo estreito de Ítaca, um braço de mar que separa a ilha de Cefalónia da ilha de Ítaca, chegámos a Katacolon, uma vila na parte ocidental da ilha e que cresceu à volta de um golfo de onde se pode admirar o mar Jónio. Katakolon encontra-se numa península que era o ponto de acesso ao Olímpia onde, durante mais de mil anos, os gregos se encontravam de 4 em 4 anos para celebrar os jogos sagrados em honra de Zeus. Este foi o começo dos Jogos Olímpicos.
Chegados a Katakolon e porque Olímpia fica a cerca de 35/40 km desta cidade, alugámos scooters para fazer a viagem (2 em cada uma) Em Olímpia visitámos as ruínas do santuário com os campos de jogos, o estádio, os templos, as termas e um vasto espólio de colunas, capitéis, túmulos, etc. A viagem de mota decorreu lindamente e muito nos divertimos, apesar de alguns troços da estrada não estarem em muito bom estado e de, não sei se devido a alguma greve, haver montes de sacos de lixo nas bermas da estrada e a limpeza das ervas dos passeios não ser feita há muito tempo. É a crise…
Aqui estão os motards. Fizemos cerca de 80 km no total mas correu tudo muito bem.
Na madrugada de 4ª feira chegámos à ilha de Santorini. O navio ficou ao largo e fomos transportados em lanchas para o porto. Aí chegados, havia que transpor os 400 m (a pique) que nos levavam à vila. Havia 3 hipóteses de o fazer: de teleférico, de burro ou a pé, subindo os cerca de 500 degraus até ao topo. Escolhemos a 1ª solução que nos levou até Fira, a maior cidade da ilha. Ali, contratámos uma carrinha com guia que nos levou até Oia, a povoação mais pitoresca da ilha com as suas ruas estreitas repletas de estabelecimentos virados ao turismo e as casas brancas com telhados de meia cúpula. O artesanato grego é muito diversificado e bonito e as ruas e vielas estreitinhas, repletas de degraus por causa do relevo da ilha são de um colorido e beleza que nos atrai. A vista, lá de cima, é deslumbrante!
E o navio lá se encontra, ao largo, à nossa espera. Visto cá do alto quem diria que nos seus 13 andares viajavam cerca de 2500 passageiros e 1000 tripulantes? Uma verdadeira cidade flutuante!…
Os burros que levam as pessoas na subida e na descida. Pobres burros!… Nós subimos no teleférico e descemos a pé.
O regresso ao navio. Santorini ficava para trás…
Na 5ª feira, ao acordarmos, fomos surpreendidos por um espetáculo maravilhoso. Ainda era escuro quando abrimos as cortinas da porta de varanda do camarote e, em vez da escuridão do mar alto que nos ficou no olhar quando nos deitámos, deparámos com uma imensidão de luzes que se refletiam na água ali mesmo junto de nós. O barco atracou de madrugada sem darmos por isso e estávamos já no porto do Pireu, um dos maiores portos do Mediterrâneo e um dos mais movimentados do mundo. Fica muito próximo de Atenas (podemos dizer que Pireu e Atenas não se distinguem. O porto é formado por vários cais de atracagem que se expandem nas enseadas naturais da península de Akti e está situado a cerca de 10 km do centro da cidade.
Entretanto amanheceu mas o sol não apareceu e o céu estava muito nublado. Saímos para Atenas já com uma chuvinha a cair. Alugámos um carro e fomos fazer um tour pela cidade. Entretanto começou a chover torrencialmente, a água corria pelas ruas como se de um rio se tratasse e, para não apanharmos chuva fomos visitar o museu arqueológico. Uma riqueza em estatuária e objetos provenientes de escavações efetuadas. Como, entretanto a chuva parou, fomos visitar a Acrópole. o Templo de Zeus, o Parlamento e, durante 4 horas percorremos os lugares mais importantes da cidade. Apanhámos uma “molha” dos pés à cabeça para visitar a Acrópole mas seria uma pena se não víssemos o mais importante. Felizmente nem uma constipação apanhámos.
O imponente anfiteatro
Por todo o lado se vêm obras de recuperação e conservação
Parámos junto ao Parlamento para ver o render da guarda mas acabámos por nos vir embora porque as pessoas começaram todas a dispersar devido a um manifestante muçulmano que resolveu perturbar a cerimónia e não queria obedecer às ordens dos militares.
Fotos de Atenas tiradas a partir do Monte Licabeto. É daqui que se obtém as melhores vistas da cidade e da Acrópole. As fotos não têm grande nitidez devido à pouca luminosidade do dia mas dá para ver que Atenas é uma cidade enorme que se estende ao longo de um amplo vale e, pela sua brancura, nos faz lembrar a neve ou um canteiro de flores brancas.
À tardinha regressámos ao barco onde nos consolámos com um banho quente, um delicioso jantar e o espetáculo que nesse dia era dedicado ao tema “Luxuri”, variedades ao estilo francês, terminando em grande com uma exibição de “Can Can”. Todos os dias há espetáculos diferentes mas sempre de grande qualidade. Tem sido muito agradável!
Na 6ª feira, cerca do meio dia, chegámos a Corfu, uma ilha situada perto da costa oeste da Grécia. Esta ilha tem clima mediterrânico e boas praias o que a torna um apetecível destino turístico. É conhecida pela “Ilha Verde” por causa dos seus 3 milhões de oliveiras. É uma cidade carregada de história pois, ao longo dos séculos, foi ocupada por vários povos que a utilizavam como ponto de defesa estratégico e local agradável para viver. A cidade velha fica situada entre duas fortalezas. Visitámos a cidade fazendo um tour no autocarro turístico e depois percorremos a pé o centro histórico e subimos ao Forte de onde se pode admirar a cidade e o que se encontra em redor.
A ilha de Corfu com uma das fortalezas em 1º plano
Um aspecto da ilha verde
E que tal o estendal da roupa? Um arame de um prédio ao outro e já está!… Nem por ser uma zona turística se deixa de secar a roupa desta maneira.
No sábado estava prevista uma paragem em Kotor, linda cidade montenegrina porém, durante a noite, as condições meteorológicas agravaram-se e um forte temporal com muito vento e ondulação impediram que a atracagem se efetuasse em segurança. Deste modo, a paragem foi anulada e, velocidade moderada, lá seguimos para Veneza onde chegámos no domingo pelas 9h.
O nascer do sol à chegada a Veneza que, àquela hora, ainda se encontrava envolta num manto de neblina que lhe transmitia uma beleza especial e um certo ambiente de mistério.
E pronto… chegou ao fim esta experiência maravilhosa que, com muito carinho, agradecemos a alguém que muito amamos! o objetivo foi conseguido: estamos felizes!