DE VILA VERDE A CASTELO DO NEIVA
A meio da manhã deixámos Vila Verde e dirigimo-nos à Praia de Castelo do Neiva, tranquilamente, sempre pela estrada nacional para melhor apreciar a linda paisagem minhota sempre tão verde e fresca.Chegámos perto da hora do almoço e instalámo-nos na ASA que a autarquia criou para os nossos veículos, bem pertinho da praia e com muito boas condições: pavimento empedrado, água, zona de despejos de cassetes e águas de uso, bem iluminada e num local sossegado. A ocupação da área era , talvez, de 50%, quase tudo estrangeiros mas, ao fim do dia já estavam todos os lugares ocupados visto que se aproximava o fim de semana.Almoçámos na AC a comida que ainda trazíamos de Vila Verde e que nos soube maravilhosamente e após o almoço fomos dar um passeio até à zona da lota e de chegada dos barcos de pesca.Esta praia está inserida numa zona rural e, a par da agricultura, a população dedicava-se também à apanha do sargaço para fertilizar as terras e à pesca, em pequenos barcos, faina que se mantém na zona norte da praia onde se situa a lota e o porto de pesca. A apanha do sargaço, nos dias de hoje, apenas é efetuada por poucos habitantes mais idosos que, a pouco e pouco, vão deixando esta actividade que exige alguma força e trabalho árduo.O farol e o estaleiro onde se recolhem e reparam os barcos. Aqui, existe um mecanismo com um cabo de aço que ajuda a puxar os barcos. Tivemos a sorte de assistir à chegada de um desses barcos, pertencente a um casal de pescadores, ainda jovens que herdaram esta arte dos seus pais. Estivemos à conversa com os progenitores que aguardavam a chegada do barco para depois ajudarem a trazer o barco para terra e a separar o peixe para levar à lota. Neste dia tinham apanhado alguns polvos, uns quilos de camarão e uma pequena quantidade de outros peixes. É dura a vida desta gente do mar, tantas vezes sujeitos a perigos quando o mar está mais agitado para conseguirem angariar o sustento. Outras vezes, compensa. O mar é generoso e a faina é proveitosa mas não há dúvidas de que o trabalho é muito árduo.
A chegada do barco à praia onde já o espera um suporte com rodas para o levar para terra
E aqui vai ele já fora de água, puxado por um mecanismo que funciona junto ao farol
Os progenitores ajudam
Depois de cumpridos todos os procedimentos da chegada a terra , comprámos dois polvos e uma porção de camarão que nos souberam maravilhosamente quando os cozinhámos.
Esta praia, felizmente, encontra-se ainda, em grande parte, no seu estado natural. Dispõe de um extenso areal de cerca de 1,6 km desde a Foz do rio Neiva pelo lado norte, encontra-se subdividida em três zonas por pontões. A zona mais a norte e que fica mais próxima da AS, é a mais frequentada e a que possui algumas infraestruturas de apoio como passadiços, chuveiros, instalações sanitárias mas tudo muito natural e respeitando a integração na natureza.
De regresso à Ac e descobrindo outros recantos, passámos pelo monumento aos pescadores construído em homenagem aos que perderam a vida no mar e em reconhecimento do trabalho árduo que executam.Depois continuámos para sul em direção à foz do Neiva, sempre por caminhos nas dunas ao longo da costa onde se vêm várias placas alertando para a proteção da natureza , da sua fauna e flora. Como já estava a ficar tarde, não chegámos à foz do Neiva, guardando esse passeio para amanhã.
No dia seguinte aproveitámos a manhã para a higiene da AC e para preparar o almoço que teve como entrada algum do camarão que comprámos na véspera. Que bom que estava😜Após o almoço fomos fazer a caminhada até à foz do Neiva e apreciar aquela natureza em estado puro, tão diferente da maioria das nossas praias onde os prédios crescem à beira mar como cogumelos.
De regresso fizemos uma passagem pela AS e continuámos o nosso passeio mas, desta vez para o interior para conhecer a povoação. Ao todo foram 10 km (16000 passos). Ao fim do dia as pernas já acusavam algum cansaço... eram horas de jantar e descansar para, no dia seguinte, seguir viagem, desta vez até Esposende.
O farol e o estaleiro onde se recolhem e reparam os barcos. Aqui, existe um mecanismo com um cabo de aço que ajuda a puxar os barcos. Tivemos a sorte de assistir à chegada de um desses barcos, pertencente a um casal de pescadores, ainda jovens que herdaram esta arte dos seus pais. Estivemos à conversa com os progenitores que aguardavam a chegada do barco para depois ajudarem a trazer o barco para terra e a separar o peixe para levar à lota. Neste dia tinham apanhado alguns polvos, uns quilos de camarão e uma pequena quantidade de outros peixes. É dura a vida desta gente do mar, tantas vezes sujeitos a perigos quando o mar está mais agitado para conseguirem angariar o sustento. Outras vezes, compensa. O mar é generoso e a faina é proveitosa mas não há dúvidas de que o trabalho é muito árduo.
A chegada do barco à praia onde já o espera um suporte com rodas para o levar para terra |
E aqui vai ele já fora de água, puxado por um mecanismo que funciona junto ao farol |
Os progenitores ajudam |
Depois de cumpridos todos os procedimentos da chegada a terra , comprámos dois polvos e uma porção de camarão que nos souberam maravilhosamente quando os cozinhámos.
De regresso à Ac e descobrindo outros recantos, passámos pelo monumento aos pescadores construído em homenagem aos que perderam a vida no mar e em reconhecimento do trabalho árduo que executam.
No dia seguinte aproveitámos a manhã para a higiene da AC e para preparar o almoço que teve como entrada algum do camarão que comprámos na véspera. Que bom que estava😜
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