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terça-feira, 30 de julho de 2013

A beleza dos Pirinéus

Chegámos a casa dos amigos à tardinha onde, depois de pormos a conversa em dia, fomos recebidos com um jantar de iguarias da região onde não faltou o foie-gras, o magret de canard, o queijo dos Pirinéus, enfim, uma série de especialidades a que eles já nos habituaram, acompanhados pelos belos vinhos do Gers.
Apesar de os dias estarem bons e a temperatura ser agradável, o calor da lareira ainda sabe muito bem, à noite.
A casa fica mesmo junto ao rio que, nesta altura do ano, tem um caudal considerável, devido ao degelo.



É esta a casa dos nossos amigos

Um passeio até ao Col d'Aspin - 1490 m - para apreciar a vista maravilhosa.

Está tudo muito verdinho mas ainda há picos com bastante neve.

Nos vales, as aldeias, mal se distinguem no meio da vegetação.



No alto da montanha já se encontram manadas de vacas e grandes rebanhos de ovelhas pois a transumância efetua-se nesta altura.

As vacas convivem perfeitamente com os turistas que visitam a montanha nesta altura, passeando pelo meio dos carros e das pessoas sem se incomodarem.


A estrada sinuosa através da montanha

Há sempre grupos de ciclistas que sobem a montanha. Este é um dos percursos emblemáticos do Tour de France.

Uma caravana de burros fazendo os percursos da montanha. Imagens inéditas para nós, que muito apreciámos. Aqui temos o contraste entre o presente, representado pelos automóveis e o passado, os burros, como meio de transporte...

Um espaço agradável para uma breve paragem para descansar....


Este era o último da caravana...

E aqui estão eles a fazer o acampamento

Uma pose para a posteridade



Quando se atinge um objetivo a satisfação é enorme

Os pastores vêm vigiar o gado

Em tempos antigos, os pastores acompanhavam o gado a pé até à montanha e por lá ficavam enquanto o gado se mantinha lá em cima. Agora, fazem-no de automóvel e todas as tardes regressam a casa, deixando os animais na pastagem.

As vacas são tão dóceis que nem fogem quando nos aproximamos.

Mais uma pequena aldeia junto ao vale.

Um bonito lago - L'Artigou - numa paisagem maravilhosa. É uma ótima estância de férias.
 
Um grupo de crianças, em férias escolares, fazia um passeio de bicicleta.

Outros, procuravam a sombra para descansar um pouco.
 



 



Pequenas aldeias, espalhadas pela montanha, tornam a paisagem mais pitoresca.

Uma passagem pelo Col de Beyrède mostrou-nos paisagens também muito bonitas.

Após o almoço, um passeio pela floresta para apreciar a flora, ouvir os trinados dos passarinhos e, ao mesmo tempo, queimar calorias. Apesar de o percurso incluir subidas, algumas bem acentuadas, não foi difícil percorrer os cerca de 6 Km que fizemos porque as sombras das árvores tornaram o passeio muito agradável.


Acolhedoras vivendas espalhadas pela floresta são o refúgio de férias de quem tem a sorte de as possuir.
A mãe égua ensinando a cria a matar a sede.

Passámos três dias maravilhosos na montanha com um tempo espetacular porém, no último dia, quase de repente, o céu cobriu-se de negras nuvens, anunciando tempestade. Quando partimos ainda não chovia mas, passados dias telefonámos aos nossos amigos e eles contaram-nos que nos dias seguintes a chuva foi tanta que, juntamente com o degelo, fez o rio transbordar provocando uma inundação na sua garagem onde a água atingiu cerca de 70 cm. Escapámos a tempo... É que, como se pode ver nas fotos, a casa fica mesmo junto ao rio e o sítio onde estacionámos a AC está muito perto da água....
Iniciámos a viagem de regresso indo, nesse dia, ficar a Capbreton indo depois para Salamanca onde ficámos 2 noites.

 
 
 

terça-feira, 9 de julho de 2013

Oradour-sur-Glane - Cidade Mártir

Oradour-sur-Glane é uma pequena povoação francesa, situada perto de Limoges que, em 1944, foi vítima de um massacre brutal efetuado pelas tropas nazis, tendo ficado completamente destruída e, a maior parte dos seus habitantes, mortos.
Tudo se passou no dia 10 de Junho de 1944, poucos dias após o desembarque das tropas aliadas, na Normandia.
Algumas companhias de alemães estacionadas em França, dirigiam-se para a Normandia para aí travarem os Aliados. A 2ª Companhia das SS passava aquela região quando foi informada que um oficial nazi tinha sido capturado pelos franceses e iria ser fusilado na praça pública, no dia seguinte. Sem confirmarem a veracidade dos factos, cercaram a cidade, mandaram reunir as mulheres e crianças na igreja para um comunicado e os homens foram encaminhados para 4 garagens onde foram fusilados, sendo esses locais, de seguida incendiados. Depois, deitaram fogo à igreja tendo as mulheres e crianças morrido todas queimadas. Uma autêntica barbárie!!!
O Presidente francês Charles de Gaulle, determinou que se mantivessem as ruínas da vila em memória de todos os que aí faleceram, tendo sido construída, ao lado, uma nova povoação.
Hoje, Oradour mostra ao mundo os horrores da guerra e a maldade dos homens. É uma página negra da história da humanidade, escrita com o sangue de muitos inocentes que ali pereceram.
Monumento em memória das vítimas inocentes

Foi assim que ficaram todas as casas

Oradour, nessa época já tinha Caminho de Ferro com linha eletrica. Aqui era a estação.

A destruição foi total, tudo o que existia na vila foi destruído pelo fogo.

            Em quase todas as casas havia uma máquina de costura. São várias as que ainda se lá vêem.

A imagem diz tudo....

Esta pequena vila tinha muita vida: várias casas de comércio, oficinas, padarias, talho, correios, caminho de ferro, escolas, enfim, tudo o que faz falta numa povoação.


Aqui era a padaria.

Um ramo de flores deixado por um amigo ou familiar

De um modo geral, o nível de vida da população, devia ser bom porque muitos tinham automóvel.

A rua principal e um troço da via férrea.

Aqui era um talho, com parte da fachada forrada a mármore o que demonstra que as pessoas tinham uma certa capacidade económica



A igreja, lugar do maior massacre


O interior da igreja. No altar-mor encontram-se os ferros de um carrinho de bebé. O resto, ardeu tudo.


Aqui era uma oficina de reparação de automóveis. Ficou neste estado...


Memorial que se encontra no cemitério



Esta é a entrada do Centro da Memória e do Museu.

A rua principal da vila





Um dos 4 locais onde os homens foram fusilados


Aqui eram os Correios
 
Este, era o sino da igreja que fundiu completamente com o intenso calor do incêndio

Junto às ruínas e aos objetos que não arderam, uma lápide evocando os que ali viveram.

Daqui, 6 homens conseguiram fugir. Os outros... tiveram o fim que conhecemos!

Visitámos Oradour no dia em que fazia 69 anos que o massacre aconteceu. Na nova igreja foi celebrada missa após a qual teve lugar uma cerimónia no cemitério.
 
 Continuámos a nossa viagem para sul, dirigindo-nos para Auch, no departamento do Gers, onde iiamos visitar uns amigos. Porém, quando lhes telefonámos, eles encontravam-se numa casa que possuem na montanha, a cerca de 70 km de Auch. Como nos calhava em caminho pois poderíamos entrar em Espanha através do túnel de Bielsa, fomos ter com eles e em boa hora o fizemos porque nesta altura do ano a montanha está linda.

Atravessando o Gers a paisagem continua maravilhosa como, aliás, por toda a França: lindas searas e tudo muito verdinho.