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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Descobrindo o Verde Minho


Vila Nova de Cerveira

Esta bonita vila minhota situada junto ao rio Minho a poucos quilómetros da sua foz oferece aos seus visitantes um ambiente agradável e belas paisagens. É uma vila ganhou maior notoriedade pela Bienal das Artes que lá se realiza de 2 em 2 anos e por isso lhe chamam 2vila das artes". Visitámos os seus monumentos mais importantes e percorremos as ruas da vila para apreciar o encanto que elas nos transmitem. A zona ribeirinha também é muito agradável e possibilita passeios de barco ao longo do rio.
 
O rio Minho que faz parte da fronteira a norte entre Portugal e Espanha
 
 O parque ribeirinho com várias infraestruturas para o desporto e lazer é um local de descontração e beleza natural que nos permite usufruir de momentos muito agradáveis. É perto deste parque que se situa a área de serviço para autocaravanas, num amplo espaço de estacionamento. Apesar de muito concorrido por autocaravanistas de toda a europa, o local é muito sossegado.
 
Beleza e tranquilidade junto ao rio
                                            
                      


A igreja matriz

 
Uma das ruas da vidla com uma decoração de chapéus

Na mesma rua, a fachada de uma casa totalmente revestida de crochet: as flores, a videira, os cachos de uvas, as andorinhas, tudo é feito de crochet, incluindo o forro das portas. Excelente trabalho!!!


 



 
 

Monção - Palácio da Brejoeira

De Cerveira seguimos ao longo do rio Minho para Monção onde visitámos o Palácio da Brejoeira importante obra de arquitetura pertencente a particulares mas, desde 1910 considerado Monumento Nacional. As suas imensas vinhas produzem o afamado vinho Alvarinho, uma das riquezas desta região minhota. Desde 2010 que os proprietários abriram as portas do palácio aos visitantes porém, não são permitidas fotografias no seu interior que é magnífico e testemunha bem a vida faustosa que   que os seus habitantes tinham. Durante a visita foram-nos relatados alguns episódios relativos a visitantes ilustres e ao luxo com que eram recebidos. Foi o primeiro edifício a usufruir de energia eléctrica naquela região ainda mesmo antes de ela ter chegado à vila de Monção, devido a uma mini central que os donos mandaram construir no rio Minho e que produzia a energia eléctrica que depois era transportada até ao palácio.
Eram frequentes as festas no palácio envolvendo música, danças e teatro, sendo que o palácio possuía a sua própria sala de teatro com capacidade para cerca de 50 pessoas.
Os seus jardins e vinhas também são de uma grande beleza.
                                                      A fachada principal do Palácio

                                          À esquerda o edifício onde funcionava a cavalariça

                                                                      A entrada nos jardins 
Fachada principal

                            A escadaria de acesso ao palácio decorada com belos painéis de azulejos


 Melgaço

Fizemos, seguidamente, uma breve passagem por Melgaço onde visitámos o castelo e o Solar do Alvarinho.
 
 
Por ser tarde de sábado o comércio encontrava-se encerrado, assim como a igreja matriz e havia muito pouco movimento nas ruas.
Ficou também por visitar o museu da emigração e do contrabando, muito adequado numa vila raiana com esta. Ficará para uma próxima!...
Resolvemos voltar novamente a Monção e seguir para Arcos de Valdevez.
 

Arcos de Valdevez

O local de estacionamento de que tínhamos indicação era muito agradável, num parque ribeirinho junto ao rio Vez que atravessa a vila e a torna ainda mais bonita.
Foi nestas terras que em 1141 se deu o Recontro de Valdevez, episódio decisivo na História de Portugal entre D. Afonso Henriques e seu primo Afonso VII de Leão e Castela e que antecedeu o Tratado de Zamora em 1143, pelo qual Portugal se tornou uma nação independente.
Ponte romana sobre o rio Vez, no centro da vila.

                                                             Um belo espelho de água
Esta zona verde junto ao rio Vez promove a actividade física e o lazer de toda a família ou, simplesmente uns momentos de descanso numa das esplanadas que se encontram à beira rio e se tornam tão agradáveis.

O painel de azulejos representa o Recontro de Valdevez e a foto da esquerda mostra a aldeia de Sistelo, neste concelho, que é uma das mais bonitas de Portugal


 

Igreja da Lapa

                      

 

Percorremos as mais importantes ruas da vila apreciando os seus monumentos, a simpatia das suas gentes e a boa gastronomia. Deliciámo-nos com um belíssimo cozido à portuguesa que não esqueceremos tão depressa pela boa qualidade das carnes e enchidos, assim como das hortaliças. Muito bom!
O Paço de Giela é um dos mais importantes exemplos de habitação nobre em meio rural da Idade Média em Portugal fica implantado num outeiro na margem do rio Vez com amplo domínio sobre o vale. Composto por uma torre medieval e um paço quinhentista, foi adquirido pela autarquia e sofreu recentemente obras de recuperação que valorizaram todo o seu potencial arquitetónico e histórico.
No seu interior pudemos assistir a um vídeo no qual, com a participação de excelentes actores, foi reproduzido o recontro de Valdevez e que nos ajudou a conhecer melhor este episódio da História de Portugal.
Paço de Giela
 

Este concelho fica integrado no Parque Nacional da Peneda Gerês, sendo a Porta do Mezio uma das 5 portas de entrada numa imensidão de vales e montanhas do Soajo à Peneda. Foi para o Soajo que nos dirigimos de seguida seguindo por estradas de montanha tão belas como sinuosas.
 

Soajo

O conjunto dos espigueiros do Soajo fazem parte de uma eira comunitária composta por 24 espigueiros todos em pedra, implantados num maciço de granito nesta povoação. O mais antigo data de 1782 e alguns deles ainda são utilizados. É um conjunto muito interessante que ilustra bem o espírito comunitário dos nossos antepassados e que, ainda hoje é partilhado pelos habitantes de muitas das nossas aldeias.

 
 

                                            Lindoso

Continuando pela serra do Soajo chegámos ao Lindoso que, segundo a lenda, deve o seu nome a D. Dinis que "tão lindo o achou que Lindoso lhe chamou". As terras de Lindoso foram pertença de várias famílias nobres do norte de Portugal.  O seu castelo, sobranceiro a terras de Espanha, em posição dominante na serra Amarela sobre o rio Lima, é um belo exemplar da arquitetura defensiva das terras de fronteira. O castelo encontra-se num outeiro junto a um conjunto de espigueiros de maior dimensão que o do Soajo.

 
Esta eira forma um conjunto de rara beleza composto por 50 espigueiros dos séculos XVII e XVIII
 
 Os espigueiros assentam em pequenos pilares de pedra encimados por uma mó onde assenta o espigueiro cuja cobertura de 2 águas, em pedra, tem nas extremidades uma cruz  como símbolo para abençoar as colheitas. As paredes do espigueiro possuem frestas para arejamento dos cereais. Encontrámos alguns repletos de espigas de milho.


                                                        Cruzeiro junto aos espigueiros
                                                              A igreja do Lindoso
 A albufeira da barragem do Alto Lindoso encontra-se com este aspecto devido à seca que se está a fazer sentir este ano.
 
 
Do Lindoso seguimos para o Gerês mas, uma vez que estávamos junto à fronteira de Espanha, o melhor caminho era por Lobios a vila galega  conhecida pelo seu balneário e pelas piscinas ao ar livre de águas termais. Já conhecíamos esta vila, de uma anterior visita por isso a passagem por lá foi mero itinerário visto que fica só a 6Km da Portela do Homem onde se entra no Parque Nacional da Peneda Gerês. Ficámos surpreendidos por se pagar portagem para percorrer aquele espectacular troço da mata pois da última vez que lá fomos o trânsito era livre mas compreendemos que para preservar aquela maravilha da natureza é necessário tomar medidas.


 
Felizmente o parque Nacional da Peneda Gerês, este ano não foi atacado pelo flagelo dos incêndios, tal como aconteceu há uns anos atrás. Assim pudemos apreciar, mais uma vez, aquela flora exuberante e maravilhosa.
 

 Mondim de Basto

Seguimos para Mondim de Basto, não com o intuito de visitar pois isso fizemos há anos atrás, mas para revisitar saborear a gastronomia e pernoitar. Acabamos sempre por descobrir coisas que ainda não conhecíamos e rever o que já conhecíamos. Foi uma passagem muito agradável. A AS é num amplo espaço perto do centro histórico e isso proporcionou-nos um melhor conhecimento desta zona.
Foi o caso da Casa de Eiró que é uma construção setecentista que sofreu profundas alterações no séc. XX. Forma um belo conjunto arquitetónico com capela e portão de armas e é lá que actualmente funcionam os Paços do Concelho. Ainda não conhecíamos, por isso achámos interessante.

 
 
                                                                         A casa de Eiró
 

                                 O Portão de Armas e a Capela que fazem parte do conjunto




 
 De Mondim de Basto seguimos para Castelo de Paiva com intenção de ir almoçar a um restaurante onde há anos tínhamos comido um belo naco de vitela arouquesa mas, por azar, encontrava-se encerrado por ser o descanso semanal. Resolvemos continuar até Arouca onde ficámos para o dia seguinte. A As em Arouca situa-se numa zona verde perto do largo da feira. Fica perto do centro e é um local tranquilo.
                                        Marco de Canaveses - Várzea da Ovelha e Aliviada

                                                                   Marco de Canaveses

                                                        Alpendurada - Entre os Rios

                                                               Marco de Canaveses
 
 

  Ílhavo

 Após o almoço em Arouca continuámos a viagem até Ílhavo onde queríamos visitar o Museu do Bacalhau que se encontra no navio ST. André, um bacalhoeiro do séc. passado que foi muito bem aproveitado para funcionar como museu.
 
 
 


 
Estas duas fotos mostram o interior do navio onde o peixe (bacalhau) era preparado para a salga e secagem
 
                                                  Sala de refeições dos marinheiros/pescadores

Dormitório dos marinheiros/pescadores
 
O resto do dia foi passado na praia da Barra que sempre nos encanta com as suas coloridas casas às riscas.


 
Continuámos para sul sempre ao longo da costa até à Figueira da Foz, depois de atravessarmos a linda serra da Boa Viagem. Almoçámos em Buarcos num restaurante junto à praia e, à tarde fomos visitar o Núcleo Museológico do Mar, Um espaço interessantíssimo que veio completar a visita que fizemos ao Museu do Bacalhau. Tivemos a sorte de ser acompanhados por uma funcionária do museu que nos deu a conhecer de um modo muito elucidativo da história dos muitos pescadores desta terra que a partir da segunda metade do séc. XIX partiram para a Terra Nova e Gronelândia para a pesca do bacalhau, na altura feita à linha. Durante cinco a seis meses, estes bravos pescadores abandonavam os navios bacalhoeiros e partiam ao raiar do sol, em pequenas embarcações chamadas dóris. Sozinhos percorriam longos quilómetros, a remo ou à vela, sujeitos às adversidades do clima ou do mar. Quando regressavam ao navio, recebiam consoante o peixe que tinham apanhado. Grande parte da exposição neste Núcleo Museológico é dedicado à "faina maior" ou pesca do bacalhau à linha. Aí se encontram 3 dóris apetrechados que pertenceram ao navio bacalhoeiro Sotto-Maior.
Aproveitámos o resto da tarde para passear pela marginal e pelo centro mas temos que voltar qualquer dia para ficar a conhecer um pouco mais da cidade.
 
Forte de Santa Catarina, edificado nos finais do séc. XVI para reforçar a defesa da foz do Mondego. Juntamente com a fortaleza de Buarcos e o Fortim de Palheiros, formavam o sistema defensivo do porto, da baía da Figueira da foz e de Buarcos.
Este território é muito rico em património que havemos de explorar melhor numa outra visita.
Dormimos na Figueira e, no dia seguinte fomos até Lavos para visitar as salinas e o Núcleo Museológico do Sal. Interessante visita, não só por apreciarmos o processo de extração do sal mas também pela fauna e flora que se encontra nesta região. Existem vários percursos assinalados para observação de aves ou da flora, pesca ou caminhadas.
                                                                  Armazéns do sal

                                                                         As salinas
Estes são artificiais mas com sorte e com tempo é possível observar flamingos e outras aves próprias destes ambientes.
Depois de um almoço de enguias num restaurante próximo das salinas, seguimos até Pombal onde visitámos o castelo edificado por Gualdim Pais no séc. XII, inicialmente com valor defensivo, sendo símbolo e baluarte na consolidação do Condado. Integrou um conjunto de praças militares destinadas a defender Coimbra.  A partir do séc. XVI torna-se residência senhorial no reinado de D. Manuel. Por altura das invasões francesas sofreu grande devastação, tendo sido, mais tarde recuperado. Actualmente é uma das estruturas militares mais bem preservadas do País.
Foi em Pombal que Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, viveu os seus últimos anos de vida. encontrando-se nesta vila um museu dedicado a este estadista.


                                                        A vila vista do castelo
 
No dia seguinte regressámos a casa mas ainda passámos por Fátima onde almoçámos e assistimos à Missa. Foi uma viagem muito agradável que nos deixou muita vontade de percorrer outros recantos do nosso Portugal que tantas belezas tem, ainda que, muitas vezes, não reparemos nelas.
 
 

                         


                                                   


                                              


              


 
 
 






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