VIAJAR, sobretudo em autocaravana, é, para nós, um prazer que queremos partilhar com a FAMÍLIA, AMIGOS, e todos os que visitarem este espaço.















SEJAM BEM-VINDOS!!!







domingo, 2 de janeiro de 2022




         VIAGEM DE OUTONO
   2021
  1ª Parte

Por motivos vários, neste ano de 2021 ainda não tínhamos feito nenhuma viagem digna de registo, apenas uma ou outra escapadinha de um ou dois dias e nada mais. Chegados a Outubro e aproveitando o facto de um encontro de ACs em Guimarães para o qual confirmámos a nossa presença, lá fomos  nós até ao berço da Nação que já tínhamos visitado noutras ocasiões mas que é sempre tão agradável revisitar. Foram 20 dias muito agradáveis que nos encheram de satisfação porque viajar é sempre um prazer enorme. Aqui fica o nosso testemunho.

6ª feira, 1 de Outubro de 2021

Saímos de casa cerca das 11h30. Almoço na AC, aproveitando o estacionamento numa Área da A1 perto de Aveiro. Chegada a Guimarães cerca das 16h. Aparcámos no local destinado ao Encontro junto ao Pavilhão Multiusos onde já se encontravam alguns companheiros. Feitas as apresentações, aproveitámos o tempo para um mais amplo conhecimento com os companheiros (uma vez que só os conhecíamos virtualmente), sempre respeitando as regras sanitárias impostas pelo Covid. Ao fim do dia, um jantar convívio ao ar livre, onde cada um contribuiu com o que tinha, acrescido de uns frangos assados que um companheiro da organização foi buscar para quem quis. Foram agradáveis momentos de convívio.

Sábado, 2 de Outubro

A manhã foi ocupada com a recepção aos colegas que chegaram nesse dia. Após o almoço seguiu-se um passeio pelo centro histórico e à noite um jantar convívio com grelhados onde cada um grelhava aquilo que tinha levado.

Domingo, 3 de Outubro

Saída a pé, cerca das 10h para a visita cultural. Iniciámos pela Casa da Memória onde pudemos tomar conhecimento da evolução da cidade de Guimarães desde a época anterior à fundação da nacionalidade. Uma interessante exposição distribuída por várias salas onde pudemos observar vários testemunhos documentais, fotográficos e de objetos relativos a várias épocas da história da cidade. Seguiu-se a visita ao Centro Internacional das Artes, um edifício moderno com 3 pisos e 13 salas de exposição dedicado à arte contemporânea e à sua relação com outros tipos de arte, nomeadamente Arte Africana (onde se destaca uma exposição permanente de máscaras africanas), Arte Pré-Colombiana e Arte Chinesa Antiga. Ali se encontram peças destas artes que têm vindo a ser colecionadas ao longo de cinco décadas pelo artista José Guimarães que deu o nome ao Centro de Artes, assim como obras suas e de outros artistas contemporâneos.




O almoço livre foi no espaço exterior ao Centro após o qual tínhamos visita marcada ao Paço dos Duques de Bragança e ao Castelo.


       Claustro do Paço que no sec. XV foi mandado construir e habitado por D. Afonso e D. Constança, Duques de Bragança..


Imponente salão de refeições onde podemos observar uma magnífica tapeçaria e o curioso teto simulando o casco de uma caravela como se vê na foto em baixo.

Seguiu-se a visita ao Castelo fundado pela Condessa Mumadona Dias no sec. X mas que, ao longo dos séculos foi sofrendo várias obras que tornaram a sua função defensiva mais eficaz. Nos finais do séc. XI, o Conde D. Henrique de Borgonha e sua esposa D. Teresa , pais de D. Afonso Henriques, escolheram este castelo para sua habitação visto que se encontrava nas terras que lhe tinham sido doadas - o Condado Portucalense - e por isso, este castelo está ligado a vários episódios da fundação de Portugal.. De acordo com a tradição, foi aqui que nasceu o nosso 1º rei - D. Afonso Henriques.

Junto ao castelo encontra-se a igreja de S. Miguel onde, segundo a tradição, foi batizado D. Afonso Henriques. È um singelo templo construído em granito, de paredes nuas e com as dimensões de uma capela mas com um simbolismo enorme.

Posteriormente visitámos o centro histórico e os locais mais emblemáticos da cidade, percorrendo as suas interessantes ruas onde se destaca a arquitetura tão característica desta cidade.

Regresso ao local de aparcamento e jantar convívio onde cada um colaborou com o que tinha e que decorreu com a animação habitual nos anteriores.

                                                          Castelo de Guimarães




Segunda feira, 4 de Outubro

Saída cerca das 10h para visita à Póvoa do Lanhoso onde almoçámos. Após o almoço, visita ao castelo situado no Monte do Pilar sobre o maior monólito granítico do nosso País e que se ergue entre os vales dos rios Ave e Cávado. Diz a tradição que neste castelo se refugiou por duas vezes a mãe de D. Afonso Henriques, D. Teresa. A primeira vez foi para se proteger e ao Condado Portucalense quando foi atacada pelas tropas da sua meia-irmã D. Urraca, rainha de Leão, tendo saído após negociar o Tratado do Lanhoso graças ao qual conseguiu manter-se com a liderança do seu Condado. A segunda foi quando esteve prisioneira de seu filho após a batalha de S. Mamede. Outros factos curiosos são relatados acerca deste castelo, alguns serão lendas outros realidade mas é sempre interessante conhecermos estas estórias da nossa História.

Lá do alto do Monte do Pilar, a vista é deslumbrante sobre o vale onde se fixaram os povos e cresceram as povoações.

O espaço para estacionamento não era muito grande mas, bem arrumadinhos, ainda conseguimos um lugarzinho para não termos que subir o monte a pé como aconteceu a grande parte dos nossos companheiros.

                                          Em qualquer dos lados a paisagem é bonita

Junto ao castelo encontra-se o Santuário de Nossa Senhora do Pilar mandado construir em finais do sec. XVII . É bem visível a grandeza  do maciço granítico sobre o qual se inserem os monumentos, tanto o castelo como o Santuário.



Esta região é, toda ela, muito bonita, ou não estivéssemos no Minho, este cantinho verdejante sulcado de montanhas e lindos vales com paisagens que nos surpreendem a cada km percorrido. Do Lanhoso seguimos para a Barragem da Queimadela, um pequeno paraíso no concelho de Fafe onde a Natureza nos brindou com belos recantos para poder descansar e desfrutar da praia fluvial, do parque de merendas ou de percursos pelas margens da albufeira  situada no rio Vizela. Junto à Barragem há um Parque de Campismo que nos pareceu bastante agradável.










 


De regresso a Guimarães, passámos pela freguesia de S. Torcato cujo principal famosa pela sua imponente Basílica dedicada ao mártir S. Torcato, cujo corpo incorrupto se encontra no interior da igreja. 





      
O templo é um edifício com duas torres laterais na fachada e uma planta em forma de cruz latina em cuja arquitetura se encontra uma quantidade de estilos desde o clássico ao renascentista. Em frente da igreja encontra-se um espaçoso adro onde os devotos se reúnem por altura das romarias. O espaço é agradável devido às tílias e plátanos que fornecem boas sombras. 
No parque existem também dois coretos e duas fontes que complementam as necessidades de quem ali se desloca em dias de festa. Percebemos nesta visita que este é um local de culto importante para as gentes desta região e não só.



De S. Torcato seguimos para Guimarães mas, desta vez não fomos para a cidade mas sim para o Monte da Penha onde iríamos passar a noite. 
Na Penha existe um parque de campismo muito agradável, onde já tínhamos ficado numa outra visita anterior mas como eram tantas autocaravanas e não cabiam todas no seu interior, ficámos num dos vários parques que a Penha nos oferece, com o apoio da autarquia.
O jantar voltou a ser um agradável convívio, sempre com os devidos cuidados e cumprindo as regras sanitárias e apesar do fresco que sempre se faz sentir na Penha, bem agasalhados, lá conseguimos terminar em alegria e festa este encontro. Amanhã de manhã será a última atividade com a visita à Penha


Terça feira, 5 de Outubro

Como já nos deitámos tarde, só às 11h saímos para uma visita à Penha, montanha mágica onde predominam os enormes rochedos, alguns deles colocados pela Natureza em posições de equilíbrio que nos surpreendem a cada passo e formando verdadeiras obras de arte.
A neblina matinal, as gotas de água caindo das árvores que rompem por entre os enormes rochedos formando um cenário maravilhoso com o musgo que forra as pedras, os tapetes de folhas que se encontram ao longo dos caminhos onde as árvores se tocam formando verdadeiros túneis com um aspeto deslumbrante, tudo isto contribui para a beleza que o Outono transmite a este lugar.



Interior do Santuário da Penha, importante centro de peregrinação, sobretudo no verão, dedicado a Nossa Senhora da Penha.







O dia estava cinzento devido a uma neblina intensa que se fazia sentir mas isso não impediu que fizéssemos o nosso percurso por aquela paisagem natural única, descobrindo os inúmeros recantos entre os enormes pedregulhos e a vegetação que espontaneamente cresce por entre as rochas. 





É surpreendente como as rochas se equilibram umas nas outras, formando grutas apenas com pequenos pontos de apoio que, muitas vezes, parecem desafiar as leis da gravidade. A Penha é, na verdade, um lugar mágico onde apetece voltar.







                                                                    
  
Capela de S. Cristóvão (padroeiro dos motoristas) , uma das mais significativas, construída numa gruta.


A manhã passou rapidamente visitando os locais mais emblemáticos da Penha. Do miradouro Pio IX podemos desfrutar de uma magnifica vista sobre Guimarães mas com a neblina que se fazia sentir, a visibilidade era muito reduzida. No entanto, retivemos a imagem de uma outra vez que ali estivemos em que a visibilidade era esplêndida.  O "rochedo que balança" é outra curiosidade que nos surpreende porque um enorme rochedo que se apoia noutro, balança mesmo!!!.... Foi um passeio muito agradável após o que regressámos às ACs para as despedidas, o almoço e a partida para Ponte de Lima onde ficámos para depois seguir até à Galiza.



Quarta feira, 6 de Outubro 

Ficámos muito tranquilos no parque da Expolima ( N 41º 46' 17''   W 8º 34' 57'' ). Acordámos cerca das 9h e após o pequeno almoço ficámos pela AC para uma pequena limpeza na "casa". Passeio pela alameda, junto ao rio antes do almoço. Almoço no restaurante Alameda que nos tinha sido indicado como mt bom mas, afinal, foi uma boa desilusão. Comemos o tradicional cabrito e arroz de serrabulho mas, nem uma coisa nem outra eram especialidade. Enfim... acontece!!  Não temos dúvidas de que, em Ponte de Lima (e dos que já conhecemos) o Encanada continua a ser o melhor na elaboração destes pratos.  Valeu a esplanada num local num agradável.



Algumas das imagens tradicionais desta "princesa do Lima" que apetece sempre captar com a nossa objetiva.


Após o almoço, dirigimo-nos a Vila Nova de Cerveira onde atravessámos a ponte sobre o rio Minho e.... eis-nos na Galiza!!!

                                          O rio Minho a poucos quilómetros da foz


                       DO MINHO PARA A GALIZA

Continuámos ao longo do rio Minho até A Guarda, vigiada pelo Monte de Santa Tecla de onde se desfruta uma espetacular vista sobre o mar e o rio Minho. É lá no alto que se encontra um dos maiores castros da Península Ibérica. Viagem para norte sempre ao longo da costa, com encantadoras paisagens: de um lado, o mar, quase ao nível da estrada e, em certos sítios, ali tão perto; do outro, os montes que se elevam a pequena altitude. 



Passagem por Portocelo e Oia ( onde existe um pequeno mosteiro), pequenos lugares, junto ao mar com paisagem muito agradável. Passando Baiona, um pouco mais à frente, em Nigran, desviámos para Praia América onde ficámos mesmo junto à praia.



Chegámos ao cair da tarde, quando o sol já se escondia no horizonte  e o local encantou-nos pela tranquilidade e pela beleza.


Quinta feira, 7 de Outubro


Noite de descanso absoluto, na tranquilidade da Praia América, embalados pelas ondas que se espraiavam a poucas dezenas de metros do nosso local de estacionamento :
    GPS: N 42º 8' 10''    W 8º 48' 56''
Durante a manhã, caminhada pelo areal, com uma temperatura magnifica ao que se seguiu o almoço na AC. De tarde continuação da caminhada  para conhecer a povoação, terminando com uma pausa na esplanada  de "La Capitana" para uma bebida refrescante e uns momentos de descontração.











      Jantar na AC, apreciando o lindo pôr do sol

 Sexta feira, 8 de Outubro

Saímos de Nigran cerca das 9h com intenção de chegarmos a Vigo antes das 10. Queríamos passar numa empresa de venda e reparação de ACs para que nos resolvessem um problema na antena. A deslocação foi infrutífera, uma vez que tinham muito trabalho e não podiam tratar-nos do problema. 
Vigo é uma cidade com trânsito intenso e todas as características que tornam a circulação complicada e desagradável. A zona que mais nos agradou, (das que passámos...) , foi a Praia do Samil. Não estávamos muito inclinados para o turismo em cidades e seguimos para Redondela, daí para Arcade onde pensávamos almoçar mas não nos agradou. Pontevedra e Sanxenxo  só de passagem pois já conhecíamos e restaurantes havia poucos abertos e nada atrativos. Ainda era cedo e seguimos para Poio onde há uma ASA mas é longe do centro

GPS  ASA de Poio:  N 42º 26' 16''   W 8º 41' 39''


Na maré baixa, grupos de mariscadores invadem as areias húmidas em busca dos bivalves que lhes permitem aumentar um pouco os seus salários. Aqui  perto existe  uma depuradora onde  vendem o produto do seu trabalho

Continuámos até à Ilha de Arosa, passando por Cambados ( de onde temos muito boas recordações de uma anterior visita...) .  Atravessámos a ponte para a ilha. O estacionamento, com opção de pernoita, fica logo ao fim da ponte mas não foi opção para ficar porque não tem nada perto, nem casas, nem restaurantes ou outro comércio, a não ser a praia.. 





Seguimos para visitar a ilha onde grande parte do comércio se encontra encerrado. Fomos até ao porto mas não vimos interesse em ficar. 


                                       Zona portuária da ilha de Arosa  

 Resolvemos continuar até A Pobra del Caramiñal onde tínhamos indicação de uma excelente AS. Não era tão excelente como nos tinham dito e depois de uma volta pela praia que fica a cerca de 300 m,  resolvemos ir para outro lado.
O GPS voltou a pregar-nos uma partida: mandou-nos seguir por uma rua onde, a meio, vimos um aviso de que, carros com mais de 2m, não passavam. Caramba!... o nosso tem mais que 2 m.... Toca a fazer uma difícil marcha atrás de cerca de 200m, entre muros apertados e com curvas. Ufff!!!.... Felizmente não veio trânsito.... e lá conseguimos sair ilesos desta aventura. Mais uma confirmação de que o condutor é 5*...
Depois de tanta procura  chegámos a Boiro, uma zona lindíssima que nos agradou imenso e onde há uma ASA ( é paga: 6€/dia ). Aqui ficámos e vamos descansar deste dia que foi muito  cansativo.


Foi aqui que ficámos na ASA de Boiro, um local muito tranquilo (nesta época do ano ) e muito agradável: pela frente, o mar a cerca de 30/40m, e para trás, o rio e o pinhal que tb é lindo.

ASA de Boiro GPS:  N 42º 38' 30''   W 8º 53' 49''  Mt boa, junto à ria, zona de lazer e passeio marítimo. 

Sábado, 9 de Outubro

Dormimos muito bem na ASA de Boiro. Após o o pequeno almoço fomos dar um passeio à descoberta da zona e também de  um restaurante que tivesse "take away". Descobrimos um perto da ASA, onde encomendámos uma parrilhada de peixe e marisco que estava divinal, o peixe era fresquíssimo....

Almoçámos na AC e à tardinha fomos dar mais um passeio não só pela praia mas também pelo parque de lazer onde há várias formas de entretenimento tanto para adultos como para as crianças.

Uma bela zona arborizada e relvada onde há aparelhos para fazer exercício físico, se pode fazer piqueniques e as crianças brincam à vontade também com equipamentos próprios para esse fim.


A praia, mesmo ali ao lado, nas águas calmas das Rias Baixas, onde se pode tomar um belo banho ou pescar.


                              Um agradável parque de merendas entre o mar e o rio

O dia ia chegando ao fim neste ambiente descontraído que é sempre tão agradável quando se viaja sem pressas e sem destino, apreciando cada momento que é único e irrepetível enquanto o prazer da descoberta  aumenta ainda mais o gosto de viajar.



Domingo, 10 de Outubro

A noite foi tranquila como a anterior apesar de, por ser fim de semana, a lotação do parque ter aumentado.


A manhã de domingo foi ocupada com um passeio pelo percurso junto ao rio, ao longo do qual encontrámos vários aparelhos de ginástica. Lá fomos experimentando uns e outros, reparando na curiosidade de muitos deles serem de uso duplo, ou antes, para serem utilizados por 2 pessoas ao mesmo tempo.




Entretanto chegou a hora de almoço e lá fomos novamente ao restaurante buscar o almoço que, desta vez foi Bacalhau à D. Paquito (nome da casa). Estava muito bom, bacalhau de boa qualidade, suculento e saboroso. Foi uma boa escolha...
Após o almoço fizemos a manutenção da AC e seguimos para Noia com passagem pela Praia de Mañons também nesta Baía da Ria de Arosa.
Em Noia fizemos um breve reconhecimento pois o parque, junto ao cais, onde pensávamos estacionar, estava superlotado. Tínhamos uma àrea junto ao Erosky mas como era já um pouco afastado do centro, não nos interessou e resolvemos seguir para Muros, Carnota e por fim viemos ficar a Playa Langosteira, já perto de Finisterra, num parque de estacionamento onde se permite a pernoita. É um sítio muito sossegado, junto a uma vasta praia onde a natureza ainda se encontra em estado puro. Apesar de haver casas e restaurantes próximo, o sossego é muito.


          Playa Langosteira GPS:  N 42º 55' 24''   W  9º 15' 42''   Fica a 100m da estrada principal


Segunda feira, 11 de Outubro


Foi uma boa opção termos optado pela Playa Langosteira para pernoitar. Local sossegado, direito, bom piso, bem iluminado, enfim, todas as condições para nos sentirmos bem. 
A meio da manhã seguimos para Finisterra, a cerca de 3 km da Langosteira e daí começámos a subir para o farol, 2 km mais à frente. O lugar é bonito, o mar e a serra numa união perfeita no Cabo Finisterra. É lá que termina o Caminho de Santiago. Depois da visita à Catedral de Santiago de Compostela, é tradição dos peregrinos seguir até Finisterra e aí queimam as botas ou algo relacionado com a peregrinação ( a mochila, um casaco, um chapéu...) num ritual de purificação e renascimento.
Existem várias lendas ligadas a esta etapa do Caminho de Santiago pois, na Idade Média, havia a crença de que a terra conhecida acabava ali, daí o nome de Finisterra. 
Na época romana, aquele era o lugar onde as almas subiam ao céu e os conquistadores romanos ficavam estupefactos ao verem o sol desaparecer por trás do oceano. Tudo isso transformou aquele Cabo num lugar mítico que atrai inúmeros visitantes.
Um mito de paganismo e cristianismo deu origem a uma série de rituais que cada um cumpre sempre com intuito de purificação e de superação para conseguir aperfeiçoar-se mais. São inúmeros os peregrinos que cruzam estes caminhos, mas nem todos por motivos
 religiosos.
Todos estes lugares estão carregados de um enorme simbolismo que tem vindo a aumentar nos últimos anos. 
Quando visitámos este lugar pela 1ª vez (talvez em 2008), havia um número consideravelmente menor de visitantes. Nessa altura parámos numa fonte a cerca de 1km do Cabo e ao questionarmos se a água seria própria para consumo, foi-nos dito que era muito pura e leve. Verificámos que era verdade e hoje enchemos lá algumas garrafas e um garrafão. É uma água excepcional e quando decidimos vir até aqui, dissemos logo "temos que trazer água".




O farol de Finisterra
     
Esta escada conduz ao ponto mais ocidental do Cabo Finisterra e é lá em baixo que os peregrinos queimam algum objeto relacionado com a peregrinação.



Após a visita ao Cabo e feitas as fotos da praxe, voltámos para trás para iniciar a viagem de regresso.
Passámos por Corcubion,, direito a Negreira e depois apanhámos a via rápida e daí. para Valença. 
Vamos ficar na AS de Vila Nova de Cerveira.

A viagem de regresso vai ficar registada  na 2ª parte desta VIAGEM DE OUTONO 2021