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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

1º Encontro Internacional de Autocaravanas de PONTE DE LIMA



Integrado no programa da IV Feira de Caça, Pesca e Lazer de Ponte de Lima, realizou-se em Julho o 1º Encontro Internacional de Autocaravanas, desta linda vila minhota, situada nas margens do Lima. Logo que tomámos conhecimento deste evento resolvemos participar, não só pelo agradável convívio que estes encontros proporcionam (além de serem uma mais valia para o desenvolvimento, no nosso país, deste tipo de turismo itenerante), mas também para conhecermos melhor esta região que achamos de uma beleza extraordinária.

Sendo o Encontro nos dias 20, 21 e 22 de Julho, pensámos seguir diretamente para Ponte de Lima no dia 19 e, no regresso, visitar alguns lugares que tinhamos interesse em conhecer.
Não existindo, em Ponte de Lima, parque de ACs e ficando o Parque de Campismo a cerca de 6Km da vila, foi-nos destinado um local, junto às instalações da Expolima, para parquearmos nos dias em que decorreram as atividades. Esse local, não tendo as condições ideais, dispunha de eletricidade, tomadas de água, local para despejo das cassetes e guarda. Tinha a vantagem de estar muito perto do centro da vila e da Expolima, onde decorreram as atividades.

 
 No dia 20, cerca das 18h, foi feita a recepção aos participantes com uma sessão de boas vindas e um Verde de honra, no salão da Expolima. Em seguida, fomos à descoberta das atividades da Feira onde se incluia, neste dia, um concerto de David Fonseca que foi muito aplaudido. Os stands onde se expunha e vendia os mais variados produtos relacionados com o tema da feira, foram muito concorridos e apreciados pelos visitantes, que eram em grande número.

No dia 21, de manhã, participámos numa visita guiada ao centro histórico da vila mais antiga de Portugal, durante a qual ficámos a conhecer um pouco da história desta terra, tão rica de belezas naturais e de património histórico. Foi a Rainha D. Teresa que concedeu foral à vila, no ano de 1125. A muralha foi mandada construir por D. Pedro I, atendendo à posição geo-estratégica de Ponte de Lima. Dentro da muralha nasceu um burgo medieval, ao qual se acedia através de seis portas. Do conjunto amuralhado faziam parte nove torres defensivas, das quais ainda existem duas.
A partir do sec. XVIII, começa a expansão urbana e, com ela, a destruição da muralha que rodeava a vila. A opulência das casas senhoriais construídas por todo o concelho pela nobreza da época, constitui uma marca importante, aliando as belezas naturais da região às magníficas fachadas góticas, barrocas, neoclássicas ou oitocentistas, aumentando significativamente o valor histórico, cultural e arquitetónico desta linda terra.
Monumento à Rainha D. Teresa que concedeu carta de foral à vila.

Edifício da Câmara Municipal


Uma das veredas que circundam a muralha.

Uma das habitações no casco histórico

Igreja Matriz


Capela da Misericórdia

Igreja matriz


Troço da muralha

Torre da Cadeia Velha.
 
 A ponte que deu nome à terra, era muito importante no Alto Minho, atendendo a que seria a única passagem segura do rio Lima, em toda a sua extensão, até aos finais da Idade Média. A primitiva foi construída pelos romanos, da qual ainda existe um troço na margem direita do Lima. A medieval constitui um marco notável da arquitetura pela altivez e beleza do seu todo. Era ponto de passagem obrigatório para muitos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela.
 
O Chafariz Nobre no Largo de Camões, sala de visitas da vila
Aspeto do Largo de Camões com prédios de fachadas bem cuidadas e lindas janelas e varandas enfeitadas de coloridas flores. É também um local de apraziveis esplanadas.
Capela de S. João
Ponte de Lima tem uma forte ligação ao rio que lhe deu o nome, sendo este um fator importante no setor turístico e ambiental. Os romanos chamaram-lhe Lethes - o rio do esquecimento - pois acreditavam que quem o atravessasse perderia para sempre a memória do passado. Acerca desta crença gerou-se uma lenda que se encontra representada pela escultura de um chefe romano que atravessou o rio no seu cavalo e, já na outra margem, chamou pelo nome todos os soldados do seu exército, para que eles verificassem que ele nada havia esquecido e incitando-os a que atravessassem também.
 
As praias fluviais, nas margens do rio, surgem em qualquer lugar acessivel e as pessoas aproveitam a frescura da água nos dias de mais calor.
 
 
 
Igreja de Sto. António da Torre Velha, do séc. XIX, que se encontra à saída da ponte, na margem direita do rio. Junto da igreja fica a Capela do Anjo da Guarda, uma construção com raizes românicas e góticas, muito singela mas que se insere na paisagem de uma forma muito harmoniosa.

À noite , a torre iluminada, adquire uma beleza diferente.
 
 Vista noturna de um recanto da vila.
Outro aspeto da vila
Escultura celebrando as tradições e a alegria do povo minhoto
Igreja Matriz

 
 
 
 
 
 

Alguns recantos da vila
 
A visita ao centro histórico teve o dom de nos dar a conhecer um pouco da história desta vila mas também de nos abrir o apetite pois, entretanto, já eram horas de almoço. Resolvemos almoçar mesmo ali, na avenida à beira rio, onde a oferta é variada. Escolhemos o restaurante "ENCANADA", do qual tínhamos boas referências e pudemos verificar que não nos enganaram quando nos foi indicado ser um lugar onde se comia bem pois o cabritinho assado no forno com batatinhas e grelos estava uma delícia e os rojões com arroz de serrabulho também estavam suculentos e muito saborosos. No dia seguinte foi lá que almoçámos novamente, desta vez optámos pela costeleta de novilho muito tenra e saborosa.
A gastronomia do Minho é muito rica de sabores autênticos e condimentos na medida certa que lhe realçam ainda mais os sabores.
 
 
FESTIVAL INTERNACIONAL DE JARDINS
 
Ponte de Lima é uma das vilas mais floridas de Portugal. Nota-se nesta terra limiana um forte respeito pela Natureza e um enorme cuidado na manutenção dos espaços verdes. Talvez por isso seja uma terra tão procurada por turístas que se encontram por toda a parte, sobretudo desfrutando a agradável beleza natural da zona ribeirinha. A Avenida dos Plátanos, na margem esquerda do rio é um ex-libris da vila e comtempla-nos com a frescura das suas sombras nos dias quentes de verão.
Desde 2005 realiza-se nesta vila o Festival Internacional de Jardins onde, de Maio a Outubro, se encontram em exposição 12 jardins efémeros projectados por criadores nacionais ou estrangeiros, subordinados a um determinado tema. Este ano o tema era "Jardins para comer" e, na verdade, fomos surpreendidos por ideias extrordinárias que nos deixaram encantados.

Plantas aromáticas aliadas ao mecanismo industrial

Uma agradável alameda feita com limoeiros


Curioso este jardim em que as flores foram feitas com pratos e copos descartáveis

Este jardim representava uma enorme pisa.

Mais um jardim de cheiros e sabores

As velhas botas ganharam nova vida como vasos de flores
 

Outra ideia curiosa



Uma horta-jardim onde nada falta e todas as plantas estavam a produzir bem, os mais variados alimentos.


Aspeto do corredor de entrada
Nesta vila jardim as flores são uma constante
 

À tarde assistimos a um desfile de carros antigos que deram um colorido e uma atração ainda maior a esta terra de gente activa e hospitaleira.





 

À noite realizou-se um jantar convívio, no restaurante da Expolima,para todos os participantes neste 1º Encontro de Autocaravanas em Ponte de Lima, onde se encontraram velhos amigos de outros eventos, se recordaram viagens e encontros e se trocaram impressões sobre os veículos e novas viagens. A ementa agradou - um saboroso bacalhau com broa - além das entradas variadas, sopa e doces de comer e chorar por mais... tudo acompanhado por bebidas à escolha, com especial destaque para o vinho verde, refrescante e frutado, fabricado nesta região a partir de uvas sujeitas a rigorosos processos seletivos, sendo o solo, o clima e as castas - Loureiro para os brancos e Vinhão para os tintos - os segredos destes vinhos.
Foi neste amplo e luminoso salão que se realizou o jantar
 
 
No parque da Expolima podíamos observar várias espécies de animais e peças artísticas como estas.
 
 
MIRADOURO DE SANTO OVÍDIO 
 
 
Do alto de Sto Ovídio, temos uma vista maravilhosa sobre todo o vale do Lima e a serra de Arga, dizendo os entendidos que, em dias mais luminosos, é possível avistar-se, de lá, o monte de Sta. Luzia em Viana do Castelo.
 
No último dia do Encontro tivemos uma visita guiada, em autocarros cedidos pela autarquia, a toda o concelho de Ponte de Lima, com uma pequena recepção numa das aldeias comunitárias, onde nos esperava uma prova de produtos regionais, depois da visita ao museu.
 
 
 
DE REGRESSO A CASA

Passados estes dias em Ponte de Lima, iniciámos a viagem de regresso. Como já saímos após o almoço, decidimos pernoitar no Parque de Campismo de Felgueiras, situado em Vila Fria, numa zona rural de belas paisagens com fauna e flora características que podem ser observadas através dos vários trilhos que se encontram perfeitamente sinalizados. O parque é muito agradável, com muitas sombras, bastante sossegado e dispondo de uma belíssima piscina.
 
 
Piscina do parque de campismo de felgueiras
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
O concelho de Felgueiras possui um vasto património classificado situando-se perto do parque de campismo um dos mais representativos monumentos de arquitetura românica - o Mosteiro de Pombeiro - impressionante pela sua dimensão e estrutura maciça, muros sólidos em granito destacando-se as entradas bem ornamentadas e um enorme adro em frente da igreja. Apenas pudemos apreciar o exterior uma vez que se encontrava encerrado. Fomos informados, por um popular que se encontrava próximo, de que apenas abre aos domingos.
 


 
Santuário do Bom Jesus das Barrosas
 
 
DE FELGUEIRAS PARA CÔJA
 
Já há algum tempo que tinhamos vontade de visitar Côja e toda esta zona circundante ao rio Alva e  serra do Açor. Desta vez, proporcionou-se e, por isso, dirigimo-nos ao parque de campismo de Côja, situado na margem do rio Alva, um local sossegado, muito arborizado e, por conseguinte, com ótimas sombras e boas condições para a prática do campismo. Junto do parque existe uma praia fluvial bastante aprazível. Dispõe também de um restaurante onde se pode saborear a gastronomia regional.
 
Igreja matriz de Côja
Jardim de infância de Côja
 

Ponte sobre o rio Alva, que une as duas partes da vila.
 
A cerca de  uma dúzia de kms de Côja e também na margem do Alva, situa-se uma pitoresca aldeia onde, recentemente, foi criada uma área de serviço para ACs - Barril do Alva. O local é muito aprazivel e dispõe de uma agradável praia fluvial, parque de merendas com frondosas árvores e um restaurante onde podemos saborear os produtos e a cozinha típica desta região. Agradou-nos bastante este local, sobretudo pelo sossego que ali e se encontra e pelas belezas naturais.
 
AS do Barril

 




 
 Depois de visitar Barril do Alva, seguimos em busca da Fraga da Pena, uma zona de recreio e lazer onde encontramos quedas de água originadas por um acidente geológico que confere à paisagem um carácter singular. Encontramo-nos na área de paisagem protegida da serra do Açor onde se destaca a Mata da Margaraça e as aldeias de xisto de que a aldeia de Benfeita, que atravessámos para alcançar a Fraga da Pena, é um exemplo. Em Benfeita encontramos uma série de equipamentos que são motivo de atração para quem a visita como a praia fluvial, os seus arruamentos típicos, a loja da aldeia e as construções de xisto, algumas delas muito bem recuperadas. A aldeia de Piodão insere-se neste rol e é, decerto, o exemplo mais típico destas aldeias de xisto mas, desta vez, não fomos até lá pois já tinhamos ido em anteriores viagens.
 
A Fraga da Pena forma uma piscina natural que é aproveitada para banhos e lazer, no tempo quente.

 
 


Toda esta região é muito bonita pela abundante vegetação natural das encostas xistosas do centro de Portugal e por serem locais pouco acessíveis aos efeitos, muitas vezes nefastos, da civilização. Aqui ainda se encontra preservado o património natural sendo um notável exemplo da flora primitiva da região onde, para além dos carvalhos, castanheiros, ulmeiros e outras espécies arbóreas que não conhecemos o nome, se encontram ainda plantas de interesse científico e medicinal. A Mata da Margaraça é considerado um santuário dessa flora endémica.
 
Deixámos a Fraga da Pena para seguirmos em direção a Castanheira de Pera sempre maravilhados pela harmonia da paisagem onde a variadíssima riqueza de espécies vegetais como a urze, o rosmaninho e a carqueja se combina, no serpentear de cada curva, com a arrumação das terras em socalcos onde o homem criou pequenas hortas.

 
Em Castanheira de Pera ficámos num parque de campismo situado a cerca de 3 Km da vila, numa zona de lazer muito agradável, junto ao rio, onde há também uma pequena praia fluvial.
Esta vila do interior dispõe de uma praia artificial com óptimas condições para proporcionar às populações de estas regiões que ficam afastadas do litoral, todas as maravilhas que o mar proporciona, incluindo ondas artificiais. É um local muito seguro para as crianças e onde se podem passar belos momentos de lazer.




A área é bastante grande e tem várias profundidades, incluindo uma zona para passeios de barco e para desportos radicais.

Daqui seguimos para a Figueira da Foz onde pernoitámos uma noite e depois seguimos para a Vieira onde saboreámos uma bela refeição de peixinho fresco e daí para casa, dando por concluída esta nossa viagem de que muito gostámos e da qual aqui deixamos o registo.